Friday, December 22, 2006

Dilema

De um lado, uma viagem de 1 semana para Florianópolis, para passar o Reveillon na ilha em alto estilo. Os companheiros serão meu pai, a namorada dele e suas duas filhas (12 e 16 anos), minha irmã, minha tia e uma amiga dela. Aquele lugar lindo, aquelas praias... Eu, que sempre disse que gostaria de conhecer o sul, quem sabe até morar lá um dia... Mas de outro lado está meu namorado, que não pode sair daqui por causa do serviço e que ficará sozinho se eu não estiver com ele. Nunca passamos um reveillon separados... O que eu faço?

Wednesday, December 13, 2006

O diálogo

Eu: 18 anos
Minha mãe: 41 anos
Minha irmã: 13 anos

Enquanto eu e minha mãe cozinhavámos, minha irmã estava arrumando o quarto, que fica do lado da cozinha. Nós três conversavámos sobre meninas ricas que desperdiçam as oportunidades que têm.

Minha mãe: - Eu não entendo o motivo de meninas tão ricas, com um futuro tão promissor, se envolverem com pessoas de má índole...
Eu: - Ahhh, mãe, hoje em dias as coisas são assim mesmo. Ninguém dá valor ao que tem.
Minha irmã: - É mãe, meninas ricas gostam de caras que "metem bala".
Minha mãe me olha com uma cara assustadíssima, estilo "O que é isso???"
Minha mãe: - Quem te falou isso, filha?
Minha irmã (com ares de experiência): O mundo, mãe. Foi o mundo quem me disse isso.

Será culpa da globalização minha irmã de 13 anos ter toda essa sabedoria de vida? O.o

Wednesday, December 06, 2006

Tem certas coisas que eu não sei dizer...

"... Há meros devaneios tolos a me torturar, me sangrando por dentro e me instigando a sangrar pra fora. São recordações das nossas noites, dos diários dos amigos, fotografias recortadas de jornais de folhas amiúde. Guardo para mim as cartas que você escreveu e todas as outras que nunca foram escritas. Guardo os bilhetinhos de guardanapo que você não me escreveu enquanto viajava. Guardo as folhas que você não leu no meu diário. Eu vou te jogar num pano de guardar confetes, e vou te largar ali, até que um dia eu não me lembre mais de você, mas apenas do que fomos..."

* Desconheço o autor do texto que contém este trecho. Se alguém souber avise, por favor! =]

Monday, November 27, 2006

Assalariadas de grife

Eu queria saber o motivo pelo qual toda pessoa que trabalha numa loja de grife se sinta a última bolacha do pacote. Afinal, quais as razões para tanta petulância? São pobres como a maioria, assaliariados como 99,9% da população brasileira e a maioria não tem nem dinheiro para comprar as roupas que vende. Há desculpas para ser tão nariz-empinado?
Certo natal, eu fui numa loja muito cara que só vende roupas de marca. Fui comprar um presente para o meu Princípe e me apaixonei por uma camiseta linda, que custava quase R$ 60,00. Entrei na loja e abordei a primeira vendedora que vi.
- Oi, eu queria ver aquela camiseta vermelha tamanho M.
Ela, com uma cara de nojo sem igual, me olhou de cima abaixo e disse:
- Você quer saber o preço?
- Não, querida, o preço está numa etiqueta colada na camiseta e eu sei ler. Agora você pode pegar a camiseta para me mostrar?
Outro dia, entrei em uma loja carérrrima pra perguntar o preço de um vestido que, diga-se de passagem, é só um pedaço de pano. A mocinha me fala, com um olhar superior:
- R$ 89,90.
- Nossa, só abaixou 10 centavos desde a última vez em que vim aqui?
- É porque é lançamento.
- Amor, não é lançamento coisa nenhuma. Esse vestido tá encalhado nessa vitrine desde a Queima Total, que foi no meio do ano.
Tem fundamento uma coisa dessas? Sem contar coisas mais horriveis ainda que as vendedoras falam, estilo "Você quer experimentar, mas vai comprar?" ou "Não mexe aí porque você vai bagunçar e não vai comprar nada!".
Eu acho que antes de pessoas assim começarem a trabalhar deveria haver um código sobre como tratar bem as pessoas que entram na loja, independente de comprar alguma coisa ou não. E também um lembrete de que ninguém tem o direito de humilhar ninguém e se você for uma mera assalariada, pior ainda: um motivo a mais para você não se achar a última garrafinha de água no deserto.

Monday, November 20, 2006

O complô da locadora

Eu adoro filmes. Por isso vivo enfiada na locadora, alugando DVD. Mas mesmo tendo bom gosto para filmes ( e para muitas outras coisas também), eu dou trabalho para os funcionários, porque sempre entro em dúvidas estratosféricas sobre qual filme é melhor. No entanto, todos me tratam super bem, mas a verdade sempre vem à tona, sempre.
Uma funcionária antiga foi mandada embora e no lugar dela entrou um rapaz muito bacana. Eu aluguei "O albergue" na mesma hora em que vi o nome do Quentin Tarantino na capa e conversei com o moço dizendo que tinha muitas expectativas sobre este filme, porque eu amo o Tarantino. Ele disse que o filme era muito bom e que eu ia amar. Eu assisti e... odiei! Filme frango assado: sem pé nem cabeça. Entreguei o filme e falei que não tinha gostado e tal, mas que tudo bem, né, nem sempre os grandes nomes acertam.
Certo tempo depois, ele e minha irmã se encontram no orkut. Conversa vai, conversa vem, ela diz:
- Ahhh, mas não precisa se preocupar sobre o Albergue. Somos enjoadas, sabe? Deixamos os funcionários quase loucos quando vamos alugar filmes.
- Ah, já me falaram. As notícias correm rápido!
A vergonha de saber que somos "as chatas da locadora" causou um trauma tão grande que até hoje não tive coragem de ir alugar filme. Afinal há uma grande distância entre se achar pentelha e te acharem pentelha, né?

Que mico! ¬¬

Wednesday, November 08, 2006

Loira, eu????



Eu odeio pessoas que pintam seus cabelos de loiro mas fazem questão de dizer que "não é tão loiro assim". Afinal, qual o problema da loirice? Tudo bem que todo mundo diz que toda loira é burra, mas todo mundo também sabe que isso não é verdade absoluta. Existem loiras burras, morenas burras, ruivas burras e todo um leque de cores que alegram uma cabecinha de vento.
Esses dias, uma mulher da minha sala de aula fez luzes loiras no cabelo. Ficou lindo, mas ficou muito loiro. Aí eu, com toda a inocência que Deus me deu, virei para a tal e disse:
- Nossa, seu cabelo ficou lindo! Porque você decidiu ficar loira?
- Mas não tá loiro! Foram só umas mechinhas!
- ... Ficou bonito.
- Obrigada.
A muié ficou toda ofendida só porque eu disse que ela estava bonita de loira! Baaahh!
Eu sou da seguinte opinião: se não quer ser chamada de loira, não pinte o cabelo de tons amarelos, ou pelo menos não faça mechas claras de 10 cm. Mas se mesmo assim a vontade for muita, engula o conceito ou pré-conceito que se tem das moças de madeixas cor de sol e sinta muito orgulho quando ouvir construtores civis gritarem "Loiraçaaaaa"!


Foto da Jennifer Aniston: Quero ser que nem ela quando crescer!

Saturday, October 28, 2006

Vingança

Tem gente que fala que a vingança não vale a pena, mas a maioria se vinga dos que lhe fizeram mal. A vingança nunca é a mesma: cada um adota técnicas que condizem com sua personalidade e o tamanho do estrago que foi feito em sua vida pelo objeto de vingança. A vendeta nunca é pequena: sempre é cruel. Vingança boa tira, no mínimo, umas dez lágrimas dos olhos de quem a sofreu. E causa um prazer imenso no vingador.
Existem milhões de máximas que falam sobre vingança. Tem gente que levam algumas ao pé da letra. Tem gente que arma verdadeiros planos de guerra para se vingar de alguém. Tem gente que bate. Tem gente que inferniza. Tem gente que difama. Tem gente que inventa. Tem gente que causa dor física. Tem gente que rouba namorado(a). Tem gente que destrói coisas materiais. Tem gente que jura. Mas a melhor é a vingança do silêncio: um desprezo misturado com ironia e um sorriso muito leve de deboche. O resto, a vida trata de fazer. Mas esse tipo de vingança pouquissimas pessoas conseguem fazer, já que exige muito auto-controle, sangue frio e superioridade...

"...What I'm needing now is a sweet revenge
To get back all that I lost then..." The Calling/Adrienne

Saturday, October 21, 2006

Ninguém merece!

Em julho, eu quebrei o meu penúltimo dente superior do lado direito. Foi um terror: senti muita dor, meu rosto inchou, horrível. Tive que fazer canal. Não é tããããooo horrível, mas enche o saco. Eu, que era virgem de dor dente, fui "desvirginada" e vivo dizendo que nunca senti uma dor mais forte. Mas passou. Terminei o tratamento e estava curtindo comer sem pensar que a massinha ia quebrar ou qualquer coisa do gênero, até que o dente começou a doer. De novo. E está doendo. Em pleno sábado de madrugada, meu dente começou a doer.

Me diz, alguém merece? Eu mereço??
Nãããããããoooooooo!

Wednesday, October 18, 2006

Cry me a river...


Now you say you're lonely
You cry the whole night through
Well, you can cry me a river
Cry me a river
I cried a river over you

Now you say you're sorry
For being so untrue
Well, you can cry me a river
Cry me a river
I cried a river over you

You drove me, nearly drove me out of my head
While you never shed a tear
Remember, I remember, all that you said
Told me love was to plebeian
Told me you were through wit me

And now you say you love me
Well, just to prove you do
Come on and cry me a river
Cry me a river
I cried a river over you...
(Cry me a river - Julie London)

Essa música é linda, linda...

Sunday, October 15, 2006

Vem comigo?

Vamos esquecer as convenções, as exatidões, o certo e o errado, vamos esquecer este e o outro lado. Vamos dar um jeito de sair por aí sem ter hora pra voltar, sem ter obrigação de voltar, sem destino, sem correntes, vamos tentar ser a gente nem que seja por um minuto. Vamos tomar um banho de mar sem ligar para quem nos olha, sem ligar para o que nos rodeia, sem ligar para quem nos reprova. Presta atenção, amor, passe a mão no telefone e vamos combinar agora uma saída para qualquer lugar, vamos aproveitar, vamos ver o sol nascer deitados no capô do carro sem se importar com a lataria que vai amassar. Amor, olha nos meus olhos e se entregue à esta loucura, vamos dançar até sentir tontura, vamos nos abraçar no meio da rua. Olha, meu amor, repara na lua que enfeita no céu, a gente saí pra ouvir qualquer música, nem que seja só eu e você, ao léu. Amor, a noite tá chegando e a gente não pode ficar para trás, vem, me beija a boca e diz que me ama, que me ama cada vez mais, vem, meu amor, porque o hoje é garantido mas o amanhã é incerto demais...

Monday, October 02, 2006

A casa

É uma casa simples. Dois quartos, sala, cozinha, banheiro. O chão é de piso vermelho, que precisa ser encerado e o banheiro só tem azulejo até a metade das paredes. O quintal é bem comprido, tem um canteirinho com umas plantinhas, dois inhames e uma pintagueira, que costumava dar muitos frutos na primavera. Ela parou de produzir depois que a dona da casa - minha avó - morreu.
A casa, sete anos após a morte da minha vó, foi vendida para um casal de velhinhos e, infelizmente, já não é mais a mesma. Eles a pintaram de amarelo, e no lugar do portãozinho baixo de madeira, há um moderno portão de alumínio. As janelas estão com grades e nem parece mais a casa onde eu vivi a minha infância.
Eu me lembro que era uma casa sempre cheia de gente, com minhas tias transitando para lá e para cá. A cozinha tinha um cheirinho permamente de café e um gato preto - o Miii - andava silenciosamente enquanto eu tentava puxar seu rabo. Foi lá que ouvi meus primeiros Lp's da Xuxa e foi lá que eu comi minha primeira barra de Crunch. Foi lá que brinquei na piscina de 3 mil litros com os meus primos e era lá que tomava na xuquinha suco de laranja com acerola.
Hoje, toda vez que passo na frente da casa, eu suspiro e digo "Nem parece mais a casa da vó". Não se parece e nem é, mas é inevitável a avalanche de lembranças que ela me desperta. O triste é saber que da minha vó e todos as coisas boas que eu vivi ali, só sobrou uma pitangueira, raquítica e solitária que não dá mais frutos...

"Não importa que a tenham demolido:
a gente continua morando na velha casa em que nasceu."
(Mário Quintana - Preparativos de viagem)

Sunday, October 01, 2006

O Voto

Essa foi a primeira vez que eu votei em minha vida ( vida que, espero eu, será muito longa). Combinei com o meu Princípe Encantado que o encontraria às oito em seu castelo. Depois de muito esforço para acordar cedo, me arrumei e munida com meu guarda-chuva, fui até a casa do meu namorado. Ao chegar lá, topo com dois documentos em cima da mesa: o título de eleitor e o RG.
- Mas amor, pra quê o RG?
- Ué, Amanda, pra eles saberem que você é você!
- Ah, porra! Porque você não me disse isso ontem?
- ... Vai lá buscar que eu te espero.
Voltei para casa e peguei o maldito RG. Depois, fomos andando de mãos dadas até a escola e ao chegarmos, nos deparamos com nossas seções vazias, uma verdadeira bênção. Eu votei e me senti muito importante, uma coisa bem engraçada. É como se o país inteiro estivesse na sua responsabilidade (o que, de certa forma é verdade). E agora, acabei de saber que teremos 2º turno.
O bom do 2º turno é que a gente acaba pensando melhor na nossa decisão. E essa tomada de consciência não é particular de cada um; querendo ou não, todo mundo pára pra pensar melhor. Espero que todos nós pensemos o que será mais adequeado para a gente e para o nosso país.


OBS: Quem quer dar um estágio de jornalismo para eu??
Sim, sim, começou a odisséia em busca do estágio. E está difícil. Nem emprego comum eu consigo achar, quem dirá um estágio. Mas eu estou tranquila, sei que vou conseguir. Afinal, um dos quesitos dos jornalistas é a persistência e isso eu tenho de sobra.

Saturday, September 30, 2006

Amor à distância

Que me desculpe quem vive um amor à distância, mas para mim, é uma situação insustentável. Eu não consigo entender como duas pessoas topam namorar à quilometros de distância um do outro, se vendo poucas vezes, tentando suprir a saudade pelo telefone. Isto é, quando realmente existe saudade, porque a coisa mais vista por aí é um dos dois se cansar da situação e sair arrajando casos mais fáceis, onde o afeto está mais perto fisicamente.
O namoro à distância pode ser até muito bonito teoricamente, mas na verdade, ele é uma coisa bastante irreal. Para mim, amor de verdade é feito de cotidiano: encontrar a pessoa descabelada, com a cara inchada de sono, aguentar o mau humor, o stress, o cansaço. Amar de verdade é segurar a mão de quem a gente ama quando a pessoa está pendurada na privada vomitando tudo o que comeu. Ou, talvez com menos exagero, por a comida no prato porque o (a) namorado(a) detesta colocar a própria comida no prato.
O que acontece no amor à distância é paixão, pura e simplesmente. A diferença do amor e da paixão são estas: na paixão, vemos a pessoa envolvida numa espécie de neblina: só enxergamos suas qualidades. Já no amor, passamos a ver as qualidades e os defeitos e, apesar deles, continuamos amando a pessoa porque, na verdade, somos feitos de qualidade e defeitos, e quando alguém resolve nos amar, temos de ser amados por inteiro.
Eu acho que a maioria desses namoros à distância não dão certo por dois motivos: primeiro que sempre um se cansa. Segundo porque quando se passa a conviver com o parceiro, se descobre que ele não era tudo aquilo. E o namoro acaba.
É por isso que eu acho que o amor, de verdade, é feito de pequenas coisas que só o dia-a-dia pode nos dar...
"...Não alimento amor por telefone, isso é ilusão
Não adianta falar de amor ao telefone, isso é ilusão
Pra que tanto telefonema se o homem inventou o avião
Que é pra você chegar mais rápido ao meu coração
Vou desligar, não me ligue mais
A obrigação da sua voz é estar aqui
No ouvido do meu coração..." (Tele-fome/Jota Quest)

Saturday, September 23, 2006

Aventuras no ônibus



Quem pega ônibus todo dia sabe como é dramática a vida de um cidadão dependente deste torturante meio de transporte. Eu, como a maioria dos universitários, pego ônibus todos os dias, pra ir e voltar, e passo 1h30, quase 2h00 dentro daquela geringonça que pula mais que um cabrito.
Pois bem, um dia desses eu não estava com sorte. Sai da minha sala de aula às 22h05. O ônibus passa às 22h10. Ao chegar na rua (depois de descer quatro andares pelas escadas, etc.), me lembrei que na noite anterior, o veículo tinha passado 5 minutos atrasado. "Então dá tempo de correr para o outro ponto e não ir de ônibus lotado" pensei, ingenuamente. Triste engano. Quando estava no meio do caminho, o ônibus passa, e eu, já conhecendo o motorista, nem tentei fazer o homem parar. Fiquei com muita vontade de chorar, mas fui pro ponto e peguei o primeiro ônibus que me levava até minha cidade (o que perdi me deixa na porta de casa, já o que eu peguei, pára num terminal, onde temos que pegar outro ônibus pra conseguir chegar no lar). Fui, com um cara cochilando do meu lado e me esmagando contra a janela, mas tudo bem. Foi quando cheguei no terminal que cometi um GRANDE mico.
O ônibus dá uma guinada enorme pra entrar nesse maldito terminal e bem nessa hora eu levantei, me segurei num cano enquanto me ajeitava com minha pasta e bolsa. Quando vi que ia cair, calculei que encostaria minha perna no banco, então daria pra me apoiar, mas não foi isso o que aconteceu. Eu cai com tudo, que nem uma pamonha. Um cara ainda teve a pachorra de olhar pra mim e dizer: "É, tem que se segurar!". Baaahhhhhhh!!!
Depois desse episódio, me sentei num banquinho vazio do terminal e comecei a rachar o bico, chorando de rir, sozinha. De repente, aparece um motorista e fica me olhando, como se eu fosse louca, por estar gargalhando sozinha e, aparentemente, sem motivo nenhum. Oras, depois de toda essa odisséia, ainda fechei a noite com chave de ouro: passando por doida!

Saturday, September 09, 2006

Mudanças


Eu sou pessoa que tem muita dificuldade em lidar com as mudanças radicais. Mudanças que acontecem gradativamente, principalmente as de personalidade, me são bastante naturais e até boas, já que as pessoas mudam e mudam ao longo da vida. Agora mudanças bruscas me são como traiçoeiros tapas no rosto: bagunçam a nossa vida, deixam tudo de pernas para o ar.
Imagine dois anos de uma vida sendo vividos da mesma forma. Agora, de repente, em seis meses, tudo muda, as coisas já não são as mesmas. Foi uma mudança tão rápida que eu ainda não consegui analisar se foi boa ou ruim. A única coisa que consigo pensar é que está sendo difícil, muito difícil me acostumar à minha nova situação.
O pior é que não é só a sensação de "perda do chão". É um misto de solidão, saudade, ciúme e vazio. Desses todos, o ciúme prevalece, claro. Eu tento me acalmar, me tranquillizar, mas não consigo, pois o coração não é terra de ninguém... infelizmente.

ANTES QUE SEJA TARDE - PATO FU
Olha, não sou daqui
Me diga onde estou
Não há tempo não há nada
Que me faça ser quem sou
Mas sem parar pra pensar, sigo estradas, sigo pistas pra me achar
Nunca sei o que se passa com as manias do lugar
Porque sempre parto antes que comece a gostar
De ser igual, qualquer um, me sentir mais uma peça no final
Cometendo um erro bobo, decimal

Na verdade continuo sob a mesma condição
Distraindo a verdade e enganando o coração

Pelas minhas trilhas você perde a direção
Não há placas nem pessoas informando aonde vão
Penso "Outra vez estou sem meus amigos"
E retomo a porta aberta dos perigos...

Tuesday, September 05, 2006

Tudo pro alto.




Existem dias em que nada dá certo; existem dias apressados, parece que a gente acorda correndo, come correndo, vive correndo; têm dias que os problemas crescem e as soluções parecem cada vez mais distantes. A única coisa que conseguimos pensar e até mesmo suspirar é: "Ahh, que vontade de sumir!".
Eu, por exemplo, quando acordo assim, só consigo pensar em um cenário: uma dia lindo, um céu sem nuvens, uma praia de água azul e areia branca, muitas palmeiras e, amarrada nelas, uma rede bem grande, convidando a balançar. Só que é quase impossível sair do nosso dia-a-dia e fugir para um paraíso desse: temos de nos conformar com o escritório, com o céu cinzento, com os prédios, com a fumaça, com as buzinas, com a roupa para lavar. E é aí que desenvolvemos táticas para extravasar toda nossa frustração.
Tem gente que come algo muito gostoso, tem gente que vai para o salão de beleza, tem gente que vai ler um livro (um romance, de preferência). Tem gente, por sua vez, que é mais direta: simplesmente desliga o telefone, o celular, o pager, o bip, larga tudo, pega o carro e vai dar uma volta por aí, pra esfriar a cabeça. Ou então, quando não tem carro, vai olhar o mar, dar uma volta na areia chutando as ondas pequeninas que molham os pés. Eu, quando estou no meu limite, dou um aviso bem alheio, do tipo "Vou dar uma andada", e saio de casa me sentindo "sem lenço e sem documento", experimentando a sensação de liberdade que o vento traz quando passa no rosto e cantarolando essa música...

HOJE EU QUERO SAIR SÓ - LENINE
Se você quer me seguir, não é seguro
Você não quer me trancar num quarto escuro
Às vezes parece até que a gente deu um nó
Hoje eu quero sair só
Você não vai me acertar à queima roupa
Vem cá, me deixa fugir, me beija a boca
Às vezes parece até que a gente deu um nó
Hoje eu quero sair só
Não demora eu tô de volta
Tchau, vai ver se eu tô lá na esquina, devo estar
Tchau, já deu minha hora e eu não posso ficar
Tchau, a lua me chama, eu tenho que ir pra rua
Tchau, a lua me chama, eu tenho que ir pra rua
Hoje eu quero sair só...

Tuesday, August 29, 2006

Inveja (?)

A cada dia que passa, as pessoas me surpreendem mais e mais.
Eu tenho cabelos beeem compridos, um palmo acima do meu quadril. Eu os uso assim porque gosto de cabelos compridos e pronto, se não gostasse, eles seriam curtos. Pois bem, eu vivo ouvindo coisas como "Nossa, Amanda, seu cabelo está passando dos limites. Vá cortar!" ou então "Ah, eu acho que você ficaria bem de cabelo mais curto, porque você é baixinha...". Não é que todas as pessoas falem com má inteñção, mas é porque todas as pessoas que dizem isso estão deixando o cabelo crescer. Poxa, se acham o meu cabelo tão feio por ser muito longo, porque não deixam os seus curtos?
Quando eu falo isso para o meu namorado, ele cai na risada e fala pra que eu não ligue, porque eu sou linda assim, de cabelão. Eu concordo com ele (claro!), mas fico pensando: se as pessoas não fazem esse comentário por pura inveja maldosa, será porque, então?


"...Can you pay my bills?
Can you pay my automo bils?
Can you pay my telephone bills?
If you did then maybe we can chill
I don't thinking you do
So you and me are trought..."

Obs: Todo esse tempo sem postar por pura babaquice. Eu enfiei na cabeça que o endereço do blogspot era www.blogspot.com, mas sempre dava erro. Fiquei tentando durante um mês até que descobrir que estava errado. Ou o endereço mudou ou eu é que sou muito poia mesmo!

Friday, August 11, 2006

Eu não sei as outras pessoas, mas para que eu me sinta feliz não é necessário muita coisa.
Essa semana, por exemplo, foi uma semana que qualquer coisa me faria muito feliz. Um telefonema, um sorriso, um beijo, um abraço, uma passadinha rápida só para me ver. Foi uma pena que absolutamente nada disso aconteceu. Absolutamente nada.



"Quando a gente gosta é claro que a gente cuida
Fala que me ama só que é da boca pra fora
Ou você me engana ou não está madura
Onde está você agora?" Sozinho/Caetano Veloso

Sunday, August 06, 2006

Christiane F.


Eu li o "Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída..." quando tinha meus 15 anos. Me lembro de que uma professora falou que era interessante lermos esse livro para nos darmos conta de quanto um drogado sofre. Só esse título me despertou um interesse imenso: eu percorri tudo quanto era lugar atrás desse bendito livro. Finalmente, ganhei de uma amiga. Eu o li saboreando cada palavra, cada página daquele relato apaixonado. Adoro a Christiane, até hoje. Carrego o livro dela para cima e para baixo, e através dele comecei a gostar de David Bowie, Led Zepplin, todas as bandas de que ela gostava. Foi, também, através dele que fiz grandes e boas amizades.
Esse final de semana, eu resolvi reler o livro, coisa que eu não fazia há tempos. No entanto, algo mudou, não no livro, mas em mim. Antes eu o lia e achava que ela adorava aquela vida louca que levava. A maioria das pessoas que o lêem pela primeira vez desejam ter um cotidiano como o dela, e isso aconteceu comigo. Acho que a gente vive tanto na mesmice que, ao ver aquela vida agitada, com um dia diferente do outro, temos vontade de ter um dia-a-dia assim também. Mas hoje, eu percebo que não é bem assim. Tudo o que a Christiane escreve em seu livro, há uma nota de pesar. Pelo menos na época em que escreveu, ela parecia profundamente arrependida das coisas que fez. Agora, com 18 anos, eu continuo adorando o livro e a autora, mas percebo que o livro não é apenas um relato para alertar as pessoas: é, na verdade, o lamento de todas as besteiras que uma pessoa pode cometer.


"It's not the side-effects of the cocaine
I thinking that it must be love
It's too late to be gratefull
It's too late to be late again
It's too late to be hatefull
The european cannon is here" - It's Too Late/David Bowie

Sunday, July 30, 2006

O Telefone


Eu sempre tive um certo problema com o telefone. Quando eu era pequena, certa vez, recebi um trote de algum moleque que não tinha o que fazer. Não me lembro muito bem da bobagem que ele me disse (algo como "sai da linha que tá vindo o trem!"), mas ele tinha uma voz que conseguia impressionar criançinhas de 6 anos. Desde então, tenho minhas desavenças com este aparelho. Eu ODEIO telefonar para números comercias, mesmo quando os donos do comércio já estão cansados de saber quem eu sou. Quando eu atendo o telefone e começa aquela musiquinha de chamada a cobrar, meu estômago de retorce. Atender o telefone de madrugada, então, nem pensar! Eu deixo ele estourar de tanto tocar, mas não atendo de jeito nenhum. O mais estranho de tudo isso é que eu adoraria arranjar um emprego de telemarketing...

Thursday, July 27, 2006

O amor universal


Eu vivo dizendo que existe e é muito forte o amor que um ser humano sente por um cachorro e vice-versa. Sim, eu acredito que o cachorro ama cegamente seu dono. E é um amor puro, doce, que só exige amor de volta. Esse animalzinho ama o dono seja ele feio, bonito, rico, pobre, saudável ou doente. Ele vai te amar mesmo quando você estiver de TPM e não vai se importar se você não tiver status social. Ele vai te amar acima de tudo, e isso é uma coisa mágica, pois poucos amores são tão sinceros a ponto de não se importar com os outros sentimentos que envolvem o ser amado.
Quem me conhece, sabe que eu sou louca por animais. Se eu pudesse, colocaria um canil inteiro dentro da minha casa. Se eu pudesse, arranjaria um lar para todos os cachorrinhos que agora estão na rua, passando frio e fome. E acho que se todos fizessem sua parte, talvez as coisas fossem diferentes. O problema é que, a cada dia que passa, eu me desiludo mais e mais com esse meu pensamento.
Nessa semana, indo ao supermercado com a minha irmã, eu vi um pai espancar o filho de mais ou menos 4 aninhos só porque o garotinho caiu de bicicleta. Ele batia com tanta força que eu quase senti a dor em mim. Aí eu virei para minha irmã e disse: "É, Gabi. Os homens não respeitam seus próprios filhos e a gente ainda quer que as pessoas tratem com mais carinho os animais."

Realmente, por enquanto, pedir mais respeito para com os bichos é pedir demais para a maioria dos seres humanos.

Saturday, July 22, 2006

Quatro amigas e um jeans viajante



Aluguei esse filme para minha irmã mais nova pensando que seria só mais uma "comédia-romântica-onde-tudo-dá-certo" e fiquei de boca aberta ao ver o mesmo. O filme conta a história de quatro amigas muito intímas que, pela primeira vez em suas vidas, vão passar as férias de verão separadas. Um dia antes da viagem, elas vão as compras e acham, por ironia do destino, uma calça jeans que fica bem em todas. Fazem então uma irmandade e um pacto: as quatro usariam a calça durante uma semana. Quando passasse esse prazo, mandariam a calça pelo correio para a próxima amiga, com uma carta dizendo algo especial que aconteceu nessa semana. Filme fofo, que faz a gente parar para pensar que devemos abrir os olhos para as coisas mágicas que acontecem no cotidiano sem que a gente perceba.

Wednesday, July 19, 2006

Emprego



Ouvindo Destiny's Child, eu comecei a pensar na minha vida (pensamento, aliás, que está sendo adiado há tempos). Eu NECESSITO de arrumar um emprego. Não que eu esteja passando fome ou coisas do tipo, mas é que eu estou cansada de não ter dinheiro nem pra dar uma voltinha na esquina. Eu tenho grandes planos para minha vida e, apesar de já estarem sendo colocados em prática, são investimentos que só darão frutos futuramente. E eu preciso de dinheiro pra ontem.
É muito bom ter dinheiro para sair, para comer algo gostoso, assistir um filme no cinema... Todo o dinheiro que me dão é dirigido para a faculdade, ou seja, uso com a passagem de ônibus, xérox e mais xérox, uma besteirinha pra comer durante a aula. No fim de semana, se me virarem de ponta cabeça , não cai nem uma moeda de cruzeiro furado!
Eu quero dinheiro para comprar minhas roupas, as coisas que eu quero e dizer, com gosto: "Eu não dependo de ninguém para nada". Para isso acontecer, eu preciso arrumar um serviço. Então, mais um item para a minha lista de prioridades: Arranjar um emprego. URGENTE.


Independet Womem - Destiny's Child

Question: Tell me what you think about me
I buy my own diamonds and I buy my own rings
Only ring your cell-y when I'm feelin lonely
When it's all over please get up and leave
Question: Tell me how you feel about this
Gotta control me boy you get dismissed
Pay my own finalls, oh and I pay my own bills
Always 50/50 in relationships

The shoes on my feet
I bought it
The clothes I'm wearing
I bought it
The rock I'm rockin'
I bought it
'Cause I depend on me
If I want it
The watch I'm wearin'
I bought it
The house I live in
I bought it
The car I'm driving
I bought it
Cause I depend on me(I depend on me)

All the women who are independent
Throw your hands up at me
All the honeys who makin' money
Throw your hands up at me
All the mommas who profit dollasThrow your hands up at me
All the ladies who truly feel me
Throw your hands up at me

Girl I didn't know you could get down like that
Charlie, how your Angels get down like that
Girl I didn't know you could get down like that
Charlie, how your Angels get down like that

Tell me how you feel about this
Do what I want, live how I wanna live
I worked hard and sacrificed to get what I get
Ladies, it ain't easy bein' independent
Question: How'd you like this knowledge that I brought
Braggin' on that cash that he gave you is the front
If you're gonna brag make sure it's your money you flaunt
Depend on no one else to give you what you want

Saturday, July 15, 2006

Goodbye Weblogger!



Cansada dos constantes paus do weblogger, resolvi mudar de hospedagem e endereço. Estou a-d-o-r-a-n-d-o tudo por aqui: a facilidade de pôr imagens (coisa praticamente impossível no weblogger), a comodidade de trocar a cor e o tamanho da fonte sem apelar para o html e etc. É triste, mas finalmente chegou a hora de dizer: Goodbye Weblogger!!





Obs: Os links serão ajeitados o mais rápido possível. Sabe como é, é preciso pegar o "espírito da coisa" para conseguir mexer nesse html... blé!