Sunday, May 25, 2008

Elaiá!


Povo brasileiro, como dizem por aí, adora se "amostrar" (hahaha). Acho que isso é quase uma característica de um povo que fala alto, escuta música no último volume, compra carro em 72 parcelas sem nem ter o que comer em casa, usa cinto pensando que é saia, entre outros "arroubos de espontaneidade". O que não me entra na cabeça de jeito nenhum é aquele tipo de gente que vai no programa da Márcia fazer "revelações" e expor problemas muito íntimos, daqueles que a gente não tem coragem de falar para a melhor amiga.
Todo mundo diz que é marmelada e que aqueles casos são todos forjados, mas acho que existem situações que são, sim, verídicas. O que me deixa boquiaberta é ver as pessoas abrindo o coração, contando coisas escabrosas e de foro tão pessoal num programa que transforma os dramas cotidianos em barracos declarados, uma novela mexicana sem fim. Como pode?
Acho que as pessoas se esqueceram do significado da cumplicidade. Não é necessário recorrer às câmeras e holofotes para resolver um problema que não interessa a mais ninguém além dos envolvidos. Por que não conversar com um amigo, pedir conselhos a quem te ama e te quer bem? Talvez porque essas pessoas estejam muito ocupadas, apressadas demais para ouvir um desabafo.
Vai saber.

Sunday, May 04, 2008

2 décadas vividas


Há duas semanas, minha querida pessoa completou 20 anos de idade. Como passou rápido! Parece que foi ontem que eu tinha quinze anos!
A idade vem, mas as coisas essenciais pouco mudam. Eu continuo gostando de cor-de-rosa como há 5 anos, continuo gostando de chocolate como há 5 anos, continuo com os cabelos compridos como há 5 anos. Afinal, qual a diferença dos 20 para os 15 anos? No dia do meu aniversário, não apareceu nenhum elixir da sabedoria que me fez virar uma pessoa diferente. O que me fez amadurecer (?) dos 15 anos para cá é o que eu vivi, ouvi e aprendi durante esse intervalo de tempo.
Entendi que se estressar não é a melhor maneira de resolver as coisas e que ficar em silêncio é a melhor saída quando se ouve alguma idiotice. Me conheci melhor e hoje me sinto um alguém mais capaz, daquele tipo que verga mas não quebra, mesmo quando tudo está um caos. Entendi que o amor verdadeiro é aquele que aceita os defeitos, porque ninguém no mundo é perfeito e a gente precisa saber conviver com as diferenças. Entendi, acima de tudo, que saber o que se quer é a melhor maneira de aproveitar as circunstâncias e não deixar uma boa oportunidade passar. Nunca.

Estive ausente, com falta de tempo, acesso ao blogspot e PC doméstico quebrado. Agora que pelo menos a joça véia daqui de casa resolveu voltar à vida, voltarei à vida da blogsfera.