Tuesday, August 29, 2006

Inveja (?)

A cada dia que passa, as pessoas me surpreendem mais e mais.
Eu tenho cabelos beeem compridos, um palmo acima do meu quadril. Eu os uso assim porque gosto de cabelos compridos e pronto, se não gostasse, eles seriam curtos. Pois bem, eu vivo ouvindo coisas como "Nossa, Amanda, seu cabelo está passando dos limites. Vá cortar!" ou então "Ah, eu acho que você ficaria bem de cabelo mais curto, porque você é baixinha...". Não é que todas as pessoas falem com má inteñção, mas é porque todas as pessoas que dizem isso estão deixando o cabelo crescer. Poxa, se acham o meu cabelo tão feio por ser muito longo, porque não deixam os seus curtos?
Quando eu falo isso para o meu namorado, ele cai na risada e fala pra que eu não ligue, porque eu sou linda assim, de cabelão. Eu concordo com ele (claro!), mas fico pensando: se as pessoas não fazem esse comentário por pura inveja maldosa, será porque, então?


"...Can you pay my bills?
Can you pay my automo bils?
Can you pay my telephone bills?
If you did then maybe we can chill
I don't thinking you do
So you and me are trought..."

Obs: Todo esse tempo sem postar por pura babaquice. Eu enfiei na cabeça que o endereço do blogspot era www.blogspot.com, mas sempre dava erro. Fiquei tentando durante um mês até que descobrir que estava errado. Ou o endereço mudou ou eu é que sou muito poia mesmo!

Friday, August 11, 2006

Eu não sei as outras pessoas, mas para que eu me sinta feliz não é necessário muita coisa.
Essa semana, por exemplo, foi uma semana que qualquer coisa me faria muito feliz. Um telefonema, um sorriso, um beijo, um abraço, uma passadinha rápida só para me ver. Foi uma pena que absolutamente nada disso aconteceu. Absolutamente nada.



"Quando a gente gosta é claro que a gente cuida
Fala que me ama só que é da boca pra fora
Ou você me engana ou não está madura
Onde está você agora?" Sozinho/Caetano Veloso

Sunday, August 06, 2006

Christiane F.


Eu li o "Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída..." quando tinha meus 15 anos. Me lembro de que uma professora falou que era interessante lermos esse livro para nos darmos conta de quanto um drogado sofre. Só esse título me despertou um interesse imenso: eu percorri tudo quanto era lugar atrás desse bendito livro. Finalmente, ganhei de uma amiga. Eu o li saboreando cada palavra, cada página daquele relato apaixonado. Adoro a Christiane, até hoje. Carrego o livro dela para cima e para baixo, e através dele comecei a gostar de David Bowie, Led Zepplin, todas as bandas de que ela gostava. Foi, também, através dele que fiz grandes e boas amizades.
Esse final de semana, eu resolvi reler o livro, coisa que eu não fazia há tempos. No entanto, algo mudou, não no livro, mas em mim. Antes eu o lia e achava que ela adorava aquela vida louca que levava. A maioria das pessoas que o lêem pela primeira vez desejam ter um cotidiano como o dela, e isso aconteceu comigo. Acho que a gente vive tanto na mesmice que, ao ver aquela vida agitada, com um dia diferente do outro, temos vontade de ter um dia-a-dia assim também. Mas hoje, eu percebo que não é bem assim. Tudo o que a Christiane escreve em seu livro, há uma nota de pesar. Pelo menos na época em que escreveu, ela parecia profundamente arrependida das coisas que fez. Agora, com 18 anos, eu continuo adorando o livro e a autora, mas percebo que o livro não é apenas um relato para alertar as pessoas: é, na verdade, o lamento de todas as besteiras que uma pessoa pode cometer.


"It's not the side-effects of the cocaine
I thinking that it must be love
It's too late to be gratefull
It's too late to be late again
It's too late to be hatefull
The european cannon is here" - It's Too Late/David Bowie